O número de empreendedores no Brasil cresce consideravelmente a cada ano. O empreendedorismo tem sido uma das opções mais praticadas, para muitas pessoas que perderam seus empregos e enfrentam dificuldades para se recolocarem profissionalmente.
Diante dessa realidade, é importante refletir sobre os fatores que envolvem a atividade de empreender e caso você esteja pensando em se tornar um empreendedor, é essencial analisar os pormenores e os possíveis ganhos dessa atividade.
Muitos orientandos que atendo em fase de transição de carreira, que estão insatisfeitos em suas profissões ou buscando a tão almejada liberdade, enxergam o empreendedorismo como a principal alternativa de realização profissional.
No entanto, será que o empreendedorismo é sinônimo de liberdade?
Será que através dessa atividade é possível alcançar a satisfação profissional?
Respondo a você que SIM e NÃO.
Por quê?
De praxe as pessoas imaginam um empreendedor como livre, dono do seu próprio nariz, com o caixa cheio de dinheiro e sem precisar se esforçar muito.
Mas, a realidade é oposta! Um profissional que é adaptado a receber a remuneração fixa, ter uma rotina pré-estabelecida, executar atividades correspondentes a sua formação e conhecimentos técnicos leva um enorme choque de realidade quando passa a empreender.
A definição que tinha do empreendedorismo cai por terra num instante.
Ao iniciar um novo negócio, talvez o novo empreendedor não tenha como arcar com custos salariais de diversos profissionais fundamentais para uma empresa (Profissionais de RH, Marketing, Vendas, Contabilidade, etc.) e seja obrigado a acoplar essas atividades a sua principal atividade.
Esse é o primeiro desafio de um empreendedor, ter que lidar com atividades que não conhece e que não gosta. Imagine um psicólogo que trabalhava em uma empresa e decide sair do seu emprego e abrir o seu consultório.
Se este profissional se recusar a atuar como um “PALESTRANTE e VENDEDOR” com a finalidade de divulgar o seu trabalho, palestrar sobre um tema que o faça se tornar referência no segmento e promover a sua clínica, com certeza, fechará o seu espaço em um curto espaço de tempo, assim como ocorre com um grande número de empreendedores brasileiros que abrem e fecham uma empresa em menos de dois anos.
Como você pode ver, empreender não é uma tarefa tão fácil. Você considera que o PSICÓLOGO EMPREENDEDOR, que se tornou um VENDEDOR, ADMINISTRADOR, RECEPCIONISTA e FAXINEIRO, alcançou a tão sonhada liberdade?
Pode ser que um dia, com o seu espaço clínico reconhecido, tendo outros profissionais trabalhando para ele, aí sim este consiga a tão almejada liberdade. Mas até o sucesso chegar, muito suor escorre e muito esforço deve ser emitido.
A questão principal é…
Para se tornar um EMPREENDEDOR, você está disposto a potencializar as suas competências através de cursos, consultorias personalizadas e muita dedicação a todas essas áreas?
Se você estiver, parabéns! Antes de se aventurar no empreendedorismo, estude e se capacite para que no dia que você se tornar um empreendedor, possa abraçar efetivamente todas as áreas de uma empresa.
Agora, se você não estiver disposto, deverá acumular recursos financeiros por mais tempo, para que no momento de abrir o seu negócio, não precise se envolver tecnicamente em nenhuma dessas áreas.
Independente do caminho que você escolheu, arregace as mangas e rumo ao sucesso!
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